Gabi e Xuxa


No meio de tanta maldade ainda existe pessoas dispostas a proteger nossos irmãozinhos cachorrinhos. Esta é a história de uma cadelinha que se encontrava perdida no campus da URI – Santo Ângelo e foi salva pela estudante de Direito Gabriella Suski e Dona Ana exemplos que, se forem seguidos, podem salvar muitos animais perdidos.

“Me chamo, Xuxa, antes desse nome não sei se tive outro, perambulei tanto, passei tanta fome, sede e frio que acabei perdendo minhas lembranças. Quando me dei conta eu estava em um lugar que, as vezes havia muita gente, geralmente a noite, de dia nem tanto. Esse lugar se chama URI, perambulei por lá durante um longo tempo. Fui chutada por pessoas que pareciam tão sensíveis a julgar pelo que vestiam e estudavam. Quase fui atropelada por diversas vezes, me ameaçavam levar para um lugar que dizem que protegem os animais (o que não acredito existir), tinha de esconder todas as noites e como se não bastasse, quando eu estava “naqueles dias”, juntava vários cães em minha volta. Namorar não é comigo.

A paz só reinava quando eu me escondia dos primos grandalhões que rondavam o campus à noite, eram os guardas, apesar de mal alimentados tinham uma força descomunal. Não sou de origem abastada, mas sou dotada de um pequeno grau de inteligência, pelo menos o suficiente para lutar pela minha sobrevivência. Às vezes vem à lembrança um amiguinho que me cuidava, mas os pais dele não gostavam de mim, largaram-me no campus e nunca mais os vi. Chorei muito, sofri demais, mas me recuperei. Comecei a vagar pelo campus em busca de alguém que gostasse de mim e de comida. Amigos não encontrei, apenas pessoas más que no máximo atiravam um pedaço de sanduíche babado no chão e quando me aproximava, me chutavam. Um dia ouvi alguém falar que dariam veneno aos cães que perambulava pelo campus, nunca mais comi restos de sanduíches. Algumas humanas me traziam um lanchinho, mas antes eu olhava bem nos olhos delas para saber se tinham bondade no coração, só então eu comia. Eram poucas, mas se não fosse aquelas humanas ali do prédio 20, do 18 e do 9, eu já teria morrido de fome. Sou grata a todas. Um dia encontrei uma humana chamada Gabi, que com incrível bondade no coração me colocava no colo, acariciava meus pêlos, amei. Às vezes me contava histórias, eu adormecia.

Me prometeu arranjar um dono, demorou mas numa tarde de verão, antes de se pôr o Rei Sol, ela me chamou perto, acariciou minhas costas, conversou comigo por longo tempo, disse que havia chegado o dia mais esperado. Me fez compreender que em minha nova morada eu teria amiguinhos, comida, água limpa e uma casinha. Depois me colocou no colo e me levou até minha nova dona.


Dona Ana, Gabi e a cadelinha Xuxa.

Uma senhora que trabalha no campus, pessoa bondosa como minha amiguinha Gabriela. Hoje sou plenamente feliz e graças a minha amiga do direito (será que ela estuda Direitos dos Animais?) tenho um dono. Enfim, sou grato àqueles que me deram de comer e beber enquanto eu estava perdida. Ah, se todos fossem assim, haveria menos irmãos e primos perdidos nas ruas". Xu.
Telismar Jr.

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