
Na última terça-feira do mês de junho (20011) foi a julgamento em Porto Alegre o caminhoneiro Fabiano Costa de Lima, 30 anos, autor do assassinato da dentita santoangelense Márcia Nascimento Gomes, 32 anos. A jovem teve sua vida ceifada pelo assassino num barranco próximo ao primeiro túnel da Rota do Sol (RS-486), em Itati, a 35 quilômetros do entroncamento com a BR-101. Márcia residia em Torres, no litoral gaúcho. O crime ocorreu em 27 de abril de 2009 na rodovia Rota do Sol, em Itati e seu corpo só foi encontrado por volta das 19h50min. Segundo a Brigada Militar (BM), o carro dela, um Crossfox, estava abandonado junto à rodovia.
O Ministério Público buscou a realização da sessão em outra Comarca para garantir a imparcialidade do conselho de sentença. O julgamento seria de competência do Tribunal do Júri de Terra de Areia, integrado à Comarca de Osório. A 2ª Vara do Tribunal do Júri em Porto Alegre, condenou o caminhoneiro Fabiano Costa de Lima, a 34 anos e 11 meses de prisão pelo estupro e assassinato da dentista. O assassino foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e estupro, cometido duas vezes.
De acordo com o processo criminal, a dentista foi espancada, estuprada e morta a golpes de facão. A vítima foi encurralada junto ao "guard rail". Em seguida, foi dominada e levada a um matagal às margens da estrada, com forte declive, onde foi amarrada a uma árvore e agredida. O júri foi presidido pelo juiz Felipe Keunecke de Oliveira, com a promotora Dirce Soler atuando na acusação e o advogado Domingos Sinhorelli Neto, na defesa. O réu seria ouvido pelo juiz, porém, como chorava compulsivamente, o depoimento foi interrompido. Ao voltar à sala, o caminhoneiro pediu para não se pronunciar. O réu foi recolhido à Penitenciária Modulada de Osório.
Para entender:
De acordo com a denúncia do MP, a dentista Márcia teria parado na Rota do Sol para auxiliar caminhoneiro Lima, que estava às margens da rodovia com seu caminhão. O caminhoneiro teria tirado a dentista de dentro de seu Fox e a levado até uma área próxima à estrada. Lá, teria estuprado a vítima, enrolado o pescoço dela com náilon e desferido golpes de facão até matá-la.
Momentos antes do crime, um casal de namorados de Caxias do Sul que retornava do Litoral pela Rota do Sol avistou a dentista sendo rendida. Eles telefonaram para a Brigada Militar, mas não pararam o carro. O casal alegou ter sido ameaçado por Lima. As ligações dos caxienses foram atendidas pela Brigada Militar (BM) de São Francisco de Paula, que repassou a informação ao Grupo Rodoviário da BM de Gramado.
Porém, um policial militar de Gramado não teria repassado a informação para colegas de Xangri-Lá, responsáveis pelo trecho da Rota do Sol onde aconteceu o crime. O assassinato só foi descoberto cinco horas depois. O brigadiano que não repassou a informação respondeu a um Inquérito Policial Militar. Ele segue trabalhando na corporação.
Preso 22 dias depois da morte da dentista, o caminhoneiro confessou tê-la matado, mas negou o estupro, comprovado por exame. Afirmou não estar em seu juízo perfeito devido ao uso de anfetaminas. Alegou que Márcia o agrediu primeiro com um pedaço de pau, após discussão de trânsito. Segundo ele, a dentista dirigia um Fox e teria cortado a frente do caminhão. Porém, um exame psiquiátrico comprovou que o caminhoneiro tinha noção dos fatos.
Da redação: Telismar Lemos Junior
FONTES DE PESQUISA: ZERO HORA Porto AlegreRS.
Jornal A tribuna Santo Ângelo/RS.
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